A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente. [Clarice Lispector]
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
“E quem tem Deus no coração sabe que não há mal que vingue, nem inveja que maltrate, nem inimigos. Por que pra todo mal, há cura.”
Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça.. ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada e que, depois de sofrer muito querendo
"(...) até que um dia, por astúcia ou acaso, depois de quase todos os enganos, ela descobriu a porta do labirinto. (...) nada de ir tateando os muros como um cego. Nada de muros. Seus passos tinham - enfim! – a liberdade de traçar seus próprios labirintos."
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
"Acredito que a natureza humana é essencialmente amorosa e que quando não demonstramos isso é porque há nuvens muito espessas escondendo o nosso sol. Nuvens de medo, dor, raiva, confusão. Mas o sol está lá, preservado, o tempo todo. Em algumas pessoas, mais do que em outras, parece que as nuvens demoram muito tempo a se dissipar, é verdade. Às vezes, podem até não dissipar durante uma vida inteira, é verdade também. Mas, à medida em que começamos a abrir o nosso coração, é inevitável não sentir que ser amáveis e cuidadosos uns com os outros não é um favor, uma concessão. Inevitável não sentir que o gostinho bom de dar amor é tão saboroso quanto o de recebê-lo."
domingo, 25 de setembro de 2011
Sinceramente
Eu muitas vezes não meço as conseqüências dos meus atos e me odeio por isso também, sou irresponsável, sou carente, sou obsessiva, simplesmente ajo como se nada mais importasse, como se eu não fosse receber em troca o resultado, simplesmente jogo tudo pro ar, numa atitude homicida com meus esforços de fazer tudo o melhor possível, às vezes me sinto tão indigna de tantas coisas, pessoas, privilégios. Que apenas tenho vontade de desistir de tudo, de simplesmente destruir tudo que eu construi com esforço. Derrubar aquelas ‘paredes de proteção’ que às vezes construímos ao nosso redor e dizer que não agüento mais ser forte, que não agüento mais lutar.
Eu me afasto das pessoas que eu mais deveria me apegar nos momentos difíceis, mas eu sou assim, meio ingrata por natureza, e nas horas em que a coisa aperta corro pra ficar o mais longe de tudo e de todos, me tranco no meu quarto abafo o choro com o travesseiro e me derramo em lágrimas, simplesmente sem forças, sem ânimo, sem cara pra procurar ajuda, sem saber o que dizer, com medo de incomodar, com medo de me mostrar tão fraca e dependente, com vergonha de mim mesma.
Sempre achei que fosse fácil conversar, mas não é. É complicado falar dos nossos erros, sobre aquele assunto que já foi debatido muitas vezes, mas ainda continua a nos incomodar, dos nossos medos infantis, do que nos incomoda sobre aquela pessoa que nós lutamos pra não magoar, de certas coisas que só quem já passou é que entende, daquela saudade que não podemos medir, daquelas situações que não podemos mudar, enfim. E há certos assuntos que não costumo conversar com ninguém, me incomodam demais, mas eu queria que vissem isso, sem que eu precisasse dizer, que olhassem pra mim e perguntasse o que me incomoda, ou que simplesmente estivessem ali. Muito dificilmente alguém nota, sobretudo aqueles que mais queríamos que se importassem e isso ajuda muito a piorar a situação. Principalmente quando tentamos remediar, mas nada adianta, passamos a dar ‘pistas’, mas ainda assim ninguém nota, ou procura ir mais a fundo, ou quando o máximo que se escuta é um ‘é assim mesmo, vai passar’
Eu muitas vezes tento, tento mesmo, de verdade ser forte, mas eu me sinto tão fraca, tão inútil, tão nada, e às vezes me desespero, acho que não tem mais jeito, que não dá mais, que está tudo perdido, e sou desesperançosa.
Até aquele momento em que eu desisto, em que começo a achar que tudo só foi uma bobagem, que afinal de contas vai passar mesmo, como disseram e que é melhor desistir daquilo tudo, porque afinal de contas, nem era nada sério mesmo, e começamos a dar aqueles sorrisos forçados e aprender a mentir muito bem, sobretudo certificando aos nossos amigos que está tudo bem mesmo, que tudo está um mar de rosas.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Nunca deixe
que lhe digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se têem
ou que os seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vais ser alguém...
domingo, 18 de setembro de 2011
" Às vezes penso em desistir,
largar tudo de lado, jogar tudo pro alto. Mas pra que fazer isso?
Do que adiantaria ?Passaria despercebida por você do mesmo jeito,
então eu decidi por si própria a me dar valor, porque se eu não der
quem vai dá? Ninguém, então hoje eu vejo que só sofre nessa vida
quem quer, quem se permite a isso, porque lá fora há um mundo
que nos espera, mas por estarmos sofrendo pensando naquele em
que não soube nos amar, acabamos esquecendo aquilo em que
podemos ser felizes, a felicidade está á um passo de você, basta
enxerga-lá com outros olhos, basta saber agarrar cada momento,
cada dia da sua vida, como se fosse o último, e esquecer aquele
que te fez mal no passado, e viver o presente, pois o futuro,
a Deus pertence.
"Não posso negar que me exponho muito mais as tempestades, que as minhas lágrimas acabam caindo com mais facilidade e que eu quebro a cara muito mais que os outros. Em compensação sou a primeira a ver o sol surgindo entres as nuvens depois que cessa a última gota de chuva, tenho sempre a risada mais frouxa e o sorriso mais sincero, e depois de juntar todos os pedaços continuo tendo a cara de pau mais sexy e ai já me encontro pronta para próxima."
"Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós."
"Peça a Deus para que aconteça o que for melhor para você,
porque Deus sempre sabe o que é melhor para nós; a gente, não."
"Não quero mais ser feliz.
Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo."
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
No travesseiro, milhares de pensamentos, momentos perfeitos, instantes eternos, milhões de palavras ditas, abraços e beijos compartilhados. Olhares apaixonados trocados e sorrisos tímidos partilhados. Ah quem me dera, se a minha imaginação fosse verdade. Quem me dera, se meu sonho se tornasse a realidade.
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