E estava eu ali, vendo ele pela décima quinta vez. Sim, eu contava. Não, não tinha coragem de me aproximar. Sempre fui aquela garota de sonhos roubados e nunca devolvidos, de sorrisos e lágrimas reprimidos, da vontade extrema de querer mudar e do inconstante azar de sempre errar.
Gostava de olhá-lo distante, e perceber que não era a única solitária ali. Ele precisava de alguém, eu também. Acho que ambos precisávamos de coragem. Pena que coragem não é algo que se possa vender, trocar ou sei lá. Não podia me mexer dali, meu destino cruel já estava traçado: seria infeliz, eternamente. Dava para deduzi, ué.
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