A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente. [Clarice Lispector]
sábado, 26 de maio de 2012
Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controladas. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram (…)
domingo, 6 de maio de 2012
É impossível a gente buscar um esconderijo para fugir de algumas verdades. Elas são espertas, sabem direitinho onde nos procurar. E nos acham, para nos colocar frente a frente com aquilo que queremos fingir que não existe. Em outras palavras: não dá pra deixar pra lá. A vida acontece desde que a gente deu o primeiro choro. E todo tempo é precioso demais, já que o amanhã é uma incógnita.
Tenho alguma dificuldade em aceitar mudanças. Resistente, custo a me adaptar. Quero adivinhar a vida, programar os dias, guardar as certezas entre os dedos. Engano meu, a gente não domina o futuro. E deve ser essa a graça de viver: simplesmente não saber. Não saber o que o futuro reserva. Nunca fui muito chegada a surpresas, gosto de saber cada passo.
Quando era pequena, não aguentava esperar até receber os presentes de Natal. Na calada da noite, ia até a árvore e espiava dentro dos pacotes. Só assim dormia feliz, descansada e com a certeza do que viria dias depois. Essa ansiedade toda de saber o que está acontecendo e o que vai acontecer vem da infância. Mas não pode mais me acompanhar na vida adulta. Preciso aprender a aceitar que nem tudo a gente sabe. A vida nos dá uma resposta por dia, não adianta a gente querer colocar o filme pra frente. Ele empaca, não vai.
A gente precisa, com urgência, deixar o egoísmo de lado.
Olhar para a vida e enxergar o que está ao nosso redor de
fato. Sem véu, sem máscara, sem make up. Olhar nu, olhar
cru, olhar limpo. E entender que a luta é diária. Que nem
sempre é fácil viver. Que tropeços virão, sim. Que apesar de
tudo vale a pena. E que a gente não precisa aprender da forma
mais difícil e dolorosa.
"Viver é uma caminhada e tanto, não tem essa colher de chá de selecionar onde descer. É preciso passar por tudo: pelo desânimo, pela desesperança, pela sensação de fracasso e fraqueza, até que a gente consiga chegar a uma praça arborizada onde iniciam outras dezenas de ruas, outras tantas passagens, e a gente segue caminhando, segue caminhando."
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